Avaliação mensal 02 (3º Bimestre) - Reino Plantae

13/09/2025

Olá Pessoal, boa noite

Segue abaixo o material para estudo da avaliação mensal.

Calendário das avaliações:

7 ano A - 17/09/2025

7 ano B- 18/09/2025 

7 ano C - 18/09/2025 

7 ano D - 18/09/2025


As Plantas: Características Gerais, Fotossíntese, Tecidos e Meristemas

As plantas são seres vivos que pertencem ao Reino Plantae. Elas vivem principalmente em ambientes terrestres, mas algumas também podem viver na água. A maioria das plantas é autotrófica, o que significa que produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese. Suas células são eucariontes (têm núcleo bem definido) e formam organismos geralmente pluricelulares. Além disso, as plantas são fixas ao solo e têm órgãos como raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.

🌿 Fotossíntese: como as plantas produzem seu alimento

A fotossíntese é um processo fundamental que acontece principalmente nas folhas das plantas. Durante a fotossíntese, as plantas captam a luz do Sol, absorvem gás carbônico (CO₂) do ar pelas folhas e água (H₂O) do solo pelas raízes. Esses ingredientes são transformados em glicose (açúcar), que serve de alimento para a planta, e em oxigênio (O₂), que é liberado para o ar.

Esse processo ocorre nos cloroplastos, que são estruturas dentro das células vegetais. Os cloroplastos contêm um pigmento verde chamado clorofila, responsável por captar a luz do Sol.

A equação básica da fotossíntese pode ser resumida assim:

🌞 Luz + CO₂ + H₂O → Glicose (alimento) + O₂

A fotossíntese é muito importante porque:

  • Produz o alimento que sustenta a maioria das cadeias alimentares;
  • Libera o oxigênio que os seres vivos usam para respirar;
  • Ajuda a equilibrar os gases da atmosfera, diminuindo o excesso de gás carbônico.

🌱 Importância das plantas nas cadeias alimentares

Na natureza, as plantas ocupam o primeiro nível das cadeias alimentares. Elas são chamadas de produtoras, pois fabricam seu próprio alimento e servem de base para os demais seres vivos. Animais herbívoros (como vacas, coelhos e gafanhotos) se alimentam das plantas e são chamados de consumidores primários. Assim, sem as plantas, não haveria alimento para os outros níveis da cadeia alimentar.

🌿 Tecidos das plantas

As plantas são formadas por diferentes tecidos, que se organizam e desempenham funções específicas. Entre eles, destacam-se:

  • Tecido de revestimento (epiderme): protege a planta contra perda de água, entrada de microrganismos e excesso de calor.
  • Tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima): ajudam a manter a planta firme e em pé.
  • Tecidos de condução:
    • Xilema: transporta água e sais minerais das raízes até as folhas.
    • Floema: leva a seiva elaborada (com glicose) das folhas para outras partes da planta.
  • Parênquima: tecido que pode armazenar água, alimentos e também participar da fotossíntese.

. Meristemas são tecidos especiais que permitem o crescimento das plantas. Suas células estão sempre se multiplicando. Existem dois tipos principais:

  • Meristema apical: fica nas pontas da raiz e do caule e faz a planta crescer em altura.
  • Meristema lateral: permite que a planta cresça em espessura, ficando mais grossa com o tempo (como nos troncos das árvores).

Sem os meristemas, as plantas não conseguiriam crescer e se desenvolver.


E TECIDOS VEGETAIS:

Tecidos de crescimento: Meristema (apical +/-, lateral)

Tecidos de preenchimento:

- Parênquimas :fotossíntese, reserva (açúcar, amido, água)

-Esclerênquima: (estrutural e lenhoso)

Tecido de condução: -Floema:Transporta açúcar da copa da árvore para toda a planta (seiva elaborada)

- Xilema:Transporta água e sais minerais da raiz para a copa (seiva bruta).

Tecidos de revestimento: Tem a função de proteger a planta da perda de água, de traumas mecânicos, fogo, predadores.

- Epitélios (são finos e localizados nas extremidades e partes moles)

- Suber (encontrado nas cascas dos troncos, são lenhosos)



Classificação das plantas 

Os Grupos do Reino Plantae

As plantas são organismos essenciais para a vida na Terra. Além de produzirem oxigênio, elas são a base da alimentação de inúmeros seres vivos. Todas as plantas são eucariontes, pluricelulares e autótrofas, realizando a fotossíntese para produzir seu alimento. Com o passar do tempo, foram se transformando e adquirindo características que lhes permitiram viver em ambientes cada vez mais variados. Essa evolução pode ser observada nos quatro principais grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

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Briófitas
As briófitas são as plantas mais simples, representadas pelos musgos e hepáticas. Não possuem vasos condutores (xilema e floema), o que limita seu tamanho e as obriga a viver em ambientes úmidos. Sua reprodução depende da água, pois os gametas masculinos precisam nadar até os femininos para ocorrer a fecundação. O ganho evolutivo desse grupo foi a proteção do embrião dentro da planta-mãe, algo inexistente nas algas, seus ancestrais.

Pteridófitas
As pteridófitas, como as samambaias, marcaram um avanço ao desenvolverem vasos condutores, permitindo transporte eficiente de água e nutrientes e possibilitando maior porte. Apesar dessa conquista, sua reprodução ainda ocorre por esporos e continua dependente da água para a fecundação. O esporófito se torna a fase dominante, mostrando maior complexidade em relação às briófitas.

Gimnospermas
Com as gimnospermas surgiu uma das maiores conquistas do Reino Plantae: as sementes. A semente protege o embrião e garante sua sobrevivência por longos períodos, mesmo em condições desfavoráveis. Além disso, esse grupo se tornou independente da água para a fecundação, graças ao grão de pólen, que transporta os gametas masculinos até o óvulo sem necessidade de meio aquático. Suas sementes ficam expostas em estruturas chamadas cones ou estróbilos. Árvores como os pinheiros e araucárias pertencem a esse grupo.

Angiospermas
As angiospermas são o grupo mais diverso e bem-sucedido de plantas. Elas apresentam flores e frutos, que trouxeram vantagens evolutivas fundamentais.

  • As flores possibilitam formas mais eficientes de polinização, muitas vezes envolvendo animais como insetos, aves e morcegos. Essa relação de interação planta-animal é um exemplo de coevolução, já que tanto as plantas quanto os polinizadores se beneficiam: a planta garante a fecundação, e o animal recebe néctar ou pólen como alimento.

  • Os frutos protegem as sementes e ajudam em sua dispersão. Muitos animais comem frutos e espalham as sementes em novos locais, ampliando o alcance das plantas.

Graças a essas características, as angiospermas se adaptaram aos mais diversos ambientes e hoje dominam o planeta, desde gramíneas até árvores frutíferas.

👉 Esse caminho evolutivo mostra uma sequência clara: das plantas que dependiam totalmente da água para se reproduzir até aquelas que se tornaram autônomas e interligadas com os animais, aproveitando flores e frutos para garantir sua propagação.

PARTES DE UMA ANGIOSPERMA

Raiz

A raiz é a parte da planta que geralmente cresce para baixo, no solo. Sua principal função é fixar a planta no ambiente e absorver água e sais minerais, substâncias essenciais para a fotossíntese e o desenvolvimento da planta. Em algumas espécies, a raiz também pode armazenar nutrientes, como na cenoura, beterraba e mandioca.

Além das funções, as raízes podem apresentar diferentes hábitos, ou seja, formas de adaptação ao ambiente em que a planta vive:

  • Subterrâneas: ficam debaixo da terra, como na maioria das plantas.

  • Aéreas: crescem fora do solo, podendo ajudar na fixação, respiração ou absorção de água do ar, como nas orquídeas.

  • Aquáticas: vivem dentro da água, como acontece em algumas plantas de lagoas e rios.

Também existem diferentes tipos de raiz:

  • Pivotante (ou axial): tem uma raiz principal mais grossa, da qual saem outras menores, como no feijão.

  • Fasciculada: formada por várias raízes de tamanho parecido, como no milho.

  • Tuberosa: armazena nutrientes e fica mais espessa, como na cenoura.

Algumas raízes ainda apresentam adaptações especiais, como as raízes respiratórias dos manguezais, que permitem a troca de gases em solos encharcados, ou as raízes sugadoras de plantas parasitas, que retiram alimento de outras plantas.

💡 Para pensar:

  • Que tipo de raiz tem a planta do feijão que você já pode ter cultivado na escola ou em casa?

  • Você já reparou que algumas plantas, como as orquídeas, possuem raízes que crescem fora do solo? Por quê?

  • Se a cenoura é uma raiz que armazena alimento, por que será que ela é tão nutritiva para nós?

Caule

O caule é a parte da planta que geralmente cresce para cima, sustentando as folhas, flores e frutos. Sua função principal é sustentar a planta e transportar água, sais minerais e nutrientes entre as raízes e as folhas, através dos vasos condutores (xilema e floema). Além disso, em algumas espécies, o caule pode armazenar substâncias nutritivas ou até realizar fotossíntese.

Os caules podem apresentar diferentes hábitos, ou seja, formas de crescimento e adaptação:

  • Eretos: crescem na vertical, como no ipê e na maioria das árvores.

  • Rastejantes: crescem rente ao solo, como na melancia e no morangueiro.

  • Trepa­dores: utilizam suportes para subir, como o maracujá e a hera.

  • Subterrâneos: crescem debaixo da terra, funcionando como reserva, como na batata-inglesa (que é um caule tuberoso, e não uma raiz).

Também existem diferentes tipos de caule:

  • Lenhosos: duros e resistentes, típicos de árvores, como o tronco do carvalho.

  • Herbáceos: mais macios e verdes, comuns em plantas menores, como o feijão.

  • Suculentos: armazenam bastante água, como nos cactos.

Alguns caules apresentam adaptações especiais, como os colmos do bambu, que são ocos e resistentes, ou os rizomas, que crescem horizontalmente no subsolo, como no gengibre.

💡 Para pensar:

  • Por que o tronco de uma árvore é considerado um caule?

  • Você sabia que a batata-inglesa não é uma raiz, mas sim um caule subterrâneo? O que isso nos mostra sobre a diversidade de adaptações?

  • Se os cactos têm caules que armazenam água, o que isso revela sobre o ambiente em que vivem?

Folhas

As folhas são as estruturas mais comuns e visíveis da maioria das plantas. Sua função principal é realizar a fotossíntese, processo pelo qual a planta produz seu próprio alimento usando a luz do sol, a água e o gás carbônico. Além disso, as folhas também participam da respiração e da transpiração, ajudando a controlar a temperatura e a circulação de água na planta.

As folhas podem apresentar diferentes hábitos e formas de adaptação:

  • Folhas aquáticas: como as da vitória-régia, que flutuam na superfície da água.

  • Folhas suculentas: armazenam água, como nos cactos (quando existem, já que muitas vezes os cactos têm folhas reduzidas a espinhos).

  • Folhas modificadas: podem se transformar em espinhos (para defesa), gavinhas (para fixação) ou até estruturas que capturam insetos, como nas plantas carnívoras.

Quanto à forma e disposição, as folhas são muito variadas:

  • Simples: possuem apenas uma lâmina foliar, como a do abacateiro.

  • Compostas: possuem várias folíolos em uma mesma folha, como no feijão e na samambaia.

  • Alternadas, opostas ou verticiladas: formas diferentes de se organizar ao longo do caule.

A diversidade de formatos e funções das folhas mostra como as plantas se adaptam aos diferentes ambientes em que vivem.

💡 Para pensar:

  • Por que será que as folhas são geralmente verdes?

  • Se a vitória-régia tem folhas enormes, o que isso revela sobre sua necessidade de captar luz solar?

  • Como as folhas carnívoras conseguem complementar a alimentação da planta?

Flores

As flores são as estruturas reprodutivas das angiospermas, ou seja, das plantas com flores e frutos. Sua principal função é garantir a reprodução sexuada, pois nelas estão os órgãos masculinos (estames, que produzem o pólen) e femininos (carpelos ou pistilos, onde está o ovário). Quando ocorre a polinização – a transferência de pólen até o estigma – pode haver a fecundação, formando sementes que darão origem a novas plantas.

As flores apresentam grande diversidade de formas, cores e perfumes, que não são apenas para "enfeitar" a natureza: servem para atrair polinizadores, como abelhas, borboletas, aves e até morcegos. Essa interação entre plantas e animais é essencial para a manutenção dos ecossistemas e para a produção de alimentos.

As flores podem ser classificadas de diferentes maneiras:

  • Completas: possuem todos os verticilos florais (sépalas, pétalas, estames e carpelos), como o lírio.

  • Incompletas: faltam algumas dessas partes.

  • Monóicas: têm flores masculinas e femininas na mesma planta, como no milho.

  • Dióicas: flores masculinas e femininas estão em plantas separadas, como no mamoeiro.

As flores também podem se organizar em inflorescências, que são conjuntos de várias flores agrupadas, como no girassol e na margarida.

💡 Para pensar:

  • Se as flores servem para a reprodução, por que será que muitas têm cores e cheiros tão diferentes?

  • O que aconteceria se os polinizadores, como abelhas e borboletas, desaparecessem do ambiente?

  • Você consegue observar em sua casa, escola ou bairro plantas que tenham flores completas e incompletas?

Partes da flor

Apesar da enorme variedade de formas e cores, a maioria das flores é formada por quatro conjuntos principais de estruturas, chamados verticilos florais:

  1. Sépala: normalmente são verdes e formam o cálice. Protegem a flor quando ainda está em botão.

  2. Pétala: geralmente coloridas, formam a corola. Sua função é atrair polinizadores.

  3. Estame: é a parte masculina da flor. Cada estame tem uma antera (onde se forma o pólen) e um filete que a sustenta.

  4. Carpelo (ou pistilo): é a parte feminina da flor. Formado pelo estigma (recebe o pólen), estilete (canal por onde o pólen passa) e ovário (onde estão os óvulos que, após a fecundação, originarão as sementes).

Quando uma flor possui todos esses verticilos, ela é chamada de flor completa. Caso falte algum, é chamada de flor incompleta.

💡 Para pensar:

  • Qual parte da flor é responsável por proteger o botão antes de ele se abrir?

  • Por que as pétalas costumam ser tão coloridas?

  • Se o pólen é produzido no estame, em que parte da flor ele deve chegar para ocorrer a fecundação?

Frutos

O fruto é a estrutura que se forma a partir do ovário da flor depois da fecundação. Sua função principal é proteger a semente e, em muitos casos, ajudar na sua dispersão pelo vento, pela água ou por animais.

A grande variedade de frutos mostra como as plantas desenvolveram estratégias diferentes para garantir a sobrevivência de suas espécies.

Os frutos podem ser classificados de várias maneiras:

  • Carnosos: possuem polpa suculenta, como a laranja, a manga e a uva.

  • Secos: não apresentam polpa suculenta, como o feijão e o milho.

  • Deiscentes: se abrem quando amadurecem, liberando as sementes, como o feijão.

  • Indeiscentes: não se abrem sozinhos, mantendo as sementes no interior, como o milho.

É importante lembrar que nem todo fruto que comemos é considerado "fruta" na linguagem popular. Por exemplo, o tomate, o pimentão e a abóbora são frutos do ponto de vista científico, pois se formam do ovário da flor.

Além disso, muitos frutos apresentam adaptações para a dispersão:

  • Anemocoria: dispersos pelo vento (como o dente-de-leão).

  • Zoocoria: dispersos por animais, que comem a polpa e liberam as sementes em outro local.

  • Hidrocoria: dispersos pela água, como o coco.

💡 Para pensar:

  • Por que será que algumas plantas desenvolveram frutos carnosos e doces?

  • O que acontece se os animais que dispersam sementes desaparecerem de um ambiente?

  • Você consegue dar exemplos de frutos que são considerados "frutas" no dia a dia e outros que não são, mas que também são frutos na visão da ciência?

Sementes

A semente é o resultado da fecundação que ocorre dentro da flor. Ela contém o embrião da futura planta, além de reservas de nutrientes que vão garantir sua sobrevivência até que consiga produzir o próprio alimento por meio da fotossíntese. A função principal da semente é assegurar a reprodução e a continuidade da espécie.

As sementes possuem três partes principais:

  • Embrião: a "planta em miniatura", que se desenvolverá em raiz, caule e folhas.

  • Endosperma (ou albúmen): tecido de reserva, rico em substâncias nutritivas como amido, proteínas e óleos.

  • Tegumento: camada protetora que envolve a semente, funcionando como uma "casca".

As sementes também podem apresentar diferentes estratégias de adaptação:

  • Algumas entram em dormência, permanecendo sem germinar até encontrar condições adequadas de água, luz e temperatura.

  • Outras possuem estruturas que favorecem a dispersão, como asas, pelos ou crostas resistentes.

A germinação ocorre quando a semente encontra um ambiente favorável. Nesse processo, ela absorve água, o embrião desperta e começa a crescer, originando uma nova planta.

💡 Para pensar:

  • Por que a semente precisa armazenar nutrientes?

  • O que aconteceria se uma semente germinasse em um ambiente sem luz suficiente?

  • Você consegue identificar, em sua alimentação do dia a dia, exemplos de sementes que usamos como alimento? (pense no feijão, arroz, milho, castanhas…)